O ROSTINHO DE UM ROTEIRO

Terceira parte da nossa série de posts sobre roteiro. Não deixe de conferir os anteriores também (só clicar em arquivos na barra aqui em cima!).
Para visualizarmos melhor os próximos pontos, vamos usar um dos roteiros indicados ao Oscar de 1996, o filme Toy Story (1995).



Estruturas de um roteiro narrativo
Vamos, agora, conhecer qual é o rosto de um roteiro cinematográfico e por que ele deve ser organizado de tal forma. Lembram-se que na primeira parte desse post eu expliquei que cada página corresponde a um minuto de um filme? É essa a estrutura que possibilita afirmarmos tal relação.
Para entendermos cada parte e o motivo da disposição, usei algumas cores correspondentes com as legendas abaixo do trecho que indica o início do filme. Espero que dê para entender e deslumbrar como é o rostinho dessa ferramenta de suma importante para um filme.
Agora, vamos ao roteiro!

"TOY STORY"






Aqui temos um relance de como se configura um roteiro, no caso, o início do filme. E é até interessante comparar o que acabamos de ler com a sequência imagética, pois muitos elementos que não estão presentes no roteiro estão no filme e agregam muito à narrativa, além de ajudar a entender como o roteiro diferem de uma obra literária.
Vamos agora para o que é cada estrutura:
·     CINZA representa uma notação da decupagem do diretor, no qual o “fade in”, seria aquele início gradual, do preto para a imagem surgindo aos poucos.
·       VERDE CLARO é o cabeçalho da cena, que tem de estar presente em todo início de uma nova cena. Ele apresenta onde se passa a cena, o local, se é interna (INT.) ou externa (EXT.) e o tempo, sendo DIA, TARDE ou NOITE.
·       MAGENTA representa a ação descrita ao longo do roteiro, com algumas descrições quando nunca tiver ocorrido ação alguma no local, uma breve apresentação também.
·       COBRE representa a primeira aparição de alguma personagem, sempre aparecendo em caixa alta e às vezes seguida de uma breve descrição.
·       AMARELO se trata do personagem seguido de sua fala. É organizado de tal forma para ajudar os atores se encontrarem em meio a tanto texto e ficar bem sinalizado em caixa alta, também.
·      VERMELHO é o voice over (abreviada para V.O.), uma das nomenclaturas para escrever roteiro, sendo nesse caso uma espécie de narrador, ele não aparece em cena, sendo uma personagem envolvida ou não com o acontecimento. Também tem a Off Screen Voice (O.S.) que é a fala de personagens que não aparecem em cena.
·       VERDE ESCURO temos uma pequena aparição da equipe de som com uma sugestão.

Para obter tal estrutura de roteiro ao escrevê-lo pode ser usado o próprio Word, dando um certo trabalho para organizar de tal forma, porém, como já se sabe, não é obrigatório seguir a risca esse formato; e um de muitos programas que já utilizei foi o Celtx, com algumas ferramentas de graça para poder treinar e sair escrevendo histórias roteirizadas. Só lembrando que antes disso, é legal ter em mente os pontos que mencionamos no último post! (clique aqui para conferir)
Para ler o roteiro na íntegra (mas em inglês, infelizmente), onde, além de Toy Story, você encontra outras diversas obras!

 Espero que estejam gostando desse estilo de conteúdo! O próximo post já é a última parte, mas nada impede de voltarmos para falar das outras profissões do cinema, cada uma com seus detalhes. 
Comente o que achou, se surpreendeu com a estrutura do roteiro? Comparou com o filme já pronto? Nos conte! Gostamos de conversar! 😉
No próximo post falaremos um pouco da estrutura de atos de um roteiro, para entendermos melhor como se constrói bem essa narrativa contada no filme. 

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