#ÓCULOSPERDIDOS: UMA MENTE BRILHANTE (2001)


Quando nos deparamos com a imensidão de filmes já produzidos e não assistimos a todos ainda. Principalmente, aqueles clássicos, tipo, muito necessários para quem aprecia cinema e a arte em geral. Qualquer filme é uma inspiração! E nunca é tarde para assistir aquele filme, mesmo o mais recente que você não teve oportunidade de ver no cinema, ou negligenciou por qualquer motivo e algo te motiva a querer conhece-lo. Por isso, vamos começar com uma nova série no blog, Óculos Perdidos, nos abrindo para admitir aquele filme que não assistimos e nossas impressões sobre ele, mesmo depois de tanta gente já ter assistido. Quem sabe, você lendo na telinha aí também não conheça. Ou se conhecer, fica a oportunidade de conversarmos. Seria muito legal!

Quando comecei a assistir ao filme Uma Mente Brilhante (Ron Howard), não tinha lido a sinopse, não sabia do que se tratava, ainda mais me surpreendi por já ter visto a típica e conhecida cena do pensamento de Nash sobre trabalho em grupo, porque minha mãe me mostrou certa vez e não poderia ser diferente com o filme.



 Charles: Nada é sempre certeza, John. Essa é a única certeza que eu sei.

          Sem saber sobre o que era a história direito, consegui ser a espectadora que o filme desejava (mas, juro que não dou spoilers!). O filme retrata a história do matemático John Nash (Russell Crowe)  que tem dificuldades de se relacionar socialmente, muito engajado em sua paixão matemática e em desenvolver uma ótima e muito criativa teoria para seu doutorado em Princeton, com o sonho de ser reconhecido por sua genialidade. Enredo inspirado, (muito) quase que fielmente, na história real do matemático que ganhou um prêmio da categoria de Alfred Nobel em ciências econômicas.

           [mostrando para Charles uma de suas equações escritas na janela]

         Nash: Esse é um grupo jogando futebol. Esse é um bando de pombos brigando por migalhas de pão. E esse é uma mulher correndo atrás de um homem que roubou a bolsa dela.

         Charles: John, você viu um roubo. Isso é estranho.


Surpreendentemente, não funciona como uma biografia comum, pois tem muitos apelos dramáticos naturais, mas ainda assim, porque tem muita personalidade de ficção, não sei se é porque fui ao filme de maneira a não conhecer sobre o que trataria ao certo ou se estou mal acostumada com as biografias que já assisti. 



Quando tudo me parecia muito comum ao longo do filme, a calmaria de histórias que pareciam querer mais contar um cotidiano que distanciava a conquista que Nash tanto almeja, surge Charles (Paul Bettany), que até certo ponto foi meu personagem favorito. Ele trouxe, a princípio, um aspecto de personalidade que não ligaria para seu colega de quarto estranho por viver só preocupado em desenvolver fórmulas, mas ele logo desenvolve uma familiaridade peculiar que me cativou, sem deixar nenhuma pulga atrás da orelha. Além de me remeter, em alguns momentos, ao Barney de How I Met Your Mother. Talvez fosse só a pequena semelhança física...


           Charles: [oferecendo um frasco de whisky para Nash] Escute. Se não conseguimos quebrar o gelo, que tal se afogarmos ele?



Alicia (Jennifer Connelly), ainda que só surja depois de muito, mas muito tempo depois do filme começar, trouxe feminilidade para o filme, com a força que uma mulher (a única na classe) precisa ter, determinada e corajosa, consegue o que quer não por ser mulher, mas por ter atitude e não fraquejar. Uma personalidade e tanto, no filme, que me fez esquecer, muitas vezes, que o filme se passava em 1940 e poucos. Na verdade, num todo o filme conseguiu me fazer esquecer da época, se não fossem as referências históricas de guerra e as tentativas de anunciar o ano todo decorrer de tempo, isso passaria batido. Pequenos detalhes, como um estilo de tupperware dos anos 1970, dentre outras marcas que não existiam na época em que a história se passa, que pegará o telespectador atencioso, curioso e que já assistiu, pelo menos mais de uma vez, porque a história foi muito envolvente, pelo menos para mim. Alguns erros de continuidade que não levei como erros na hora do filme, pois me deram uma leve desconcentrada, mas que agora na minha pesquisa vejo que realmente foram problemas sutis.


E como eu me arrepiei do meio para quase o final do filme, que foi mudando o tom aos poucos, quase um thriller/suspense que me passaram e deixaram uma expectativa no ar, no entanto, o intuito não era dar medo, mas gradualmente dar ao espectador a chance desvendar as pistas já dadas ou abrir o olho de vez se não havia percebido (e para mim foi um choque muito mais emocional do que racional, de quase difícil aceitação!). O filme conseguiu me envolver tanto que muito dos 50 minutos de início (onde estão todas as dicas) não me fizeram perceber nada diferente, além de levar na boa, coisas como o relacionamento de Nash e Charles, uma amizade que parece se fortalecer muito rapidamente. Não vou falar muito mais coisas para não estragar a experiência de quem não assistiu. 



Com oito indicações ao Oscar e premiado no Globo de Ouro, o filme me fez refletir em toda persistência demonstrada por Nash, apesar de ter seus momentos de fraqueza, de toda dificuldade que passou e por todas as coisas que poderiam tê-lo tirado do seu trabalho, aquilo que mais ama e não conseguiram, pois ele acreditava nele, acreditava naquilo que ama e descobriu coisas fascinantes com a pessoa que o amava e acreditava nele. Trouxe a reflexão de que muito nos reserva, de surpresas boas e ruins, mas que nossa paixão pode ajudar-nos a enfrentar qualquer obstáculo, por mais difícil que ele seja, e que não devemos desistir daquilo que nos faz realizados!

























Infelizmente, não encontrei o trailer dublado ou legendado...





         

 

Se você já assistiu a Uma Mente Brilhante, comente e diga o que achou! E quando assistir, volte aqui para nos contar, ou pela nossa página do Facebook, também!
Até a próxima olhada!

            *Citações retiradas do site IMDb
**Imagens retiradas do Google Imagens

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